quinta-feira, 5 de maio de 2011

Abaixo-assinado piso fisioterapeuta e terapeuta ocupacional

Fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais podem ter piso salarial definido. Projeto de lei (PL) 5979/2009 de autoria do deputado Sr. Mauro Nazif em análise na Câmara quer que o salário inicial desses profissionais seja de R$ 4.650.

PL 5979/2009

Acrescenta dispositivo à Lei n.º 8.856, de 1º de março de 1.994, a fim de dispor sobre o piso salarial dos profissionais fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais.

O Congresso Nacional decreta:

Art. 1º A Lei n.º 8.856, de 1º de março de 1994, passa a vigorar acrescida do seguinte art.1º-A:

"Art. 1º-A. É devido aos fisioterapeutas e aos terapeutas ocupacionais o piso salarial de R$ 4.650,00 (quatro mil seiscentos e cinquenta reais), a ser reajustado:

I – no mês de publicação desta lei, pela variação acumulada do Índice Nacional de Preços ao Consumidor – INPC, elaborado pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, de agosto de 2009, inclusive, ao mês imediatamente anterior ao do início de vigência desta lei;

II – anualmente, a partir do ano subsequente ao do reajuste mencionado no inciso I deste artigo, no mês correspondente ao da publicação desta lei, pela variação acumulada do INPC nos doze meses imediatamente anteriores."

Art. 2º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.


Justificativa

O piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho é um direito do trabalhador previsto no inciso V do art. 7º da Constituição Federal.
Essa forma de remuneração é de suma importância para determinadas categorias profissionais cujos trabalhadores, por terem jornada de trabalho reduzida, e, por isso, em muitos casos, salários muito baixos, prestam serviços em diversos locais, a fim de conseguir rendimentos que lhes possam proporcionar uma relativa qualidade de vida.

Com um piso salarial apropriado, os profissionais, notadamente aqueles ligados às áreas médicas, poderão prescindir de uma jornada de trabalho incessante que irremediavelmente compromete tanto sua saúde como a qualidade do atendimento à população.

Assim, a fixação do piso salarial torna-se providencial para um melhor desempenho de determinadas atividades na medida em que resulta na melhoria das condições de trabalho aos profissionais que, ao auferirem uma remuneração condizente com suas responsabilidades, poderão se dedicar exclusivamente a um só emprego.

Essa iniciativa também tem o condão de valorizar o profissional que, após anos e anos de estudo de graduação e especialização, ainda necessita de constante atualização para bem atender aqueles que necessitam de seus cuidados.

Após reuniões com os profissionais de Fisioterapia e Terapia Ocupacional, concluímos pelo estabelecimento de um piso salarial de R$ R$ 4.650,00 (quatro mil, seiscentos e cinquenta reais), para uma jornada de trabalho de 30 horas semanais, fixada pela Lei n.º 8.856, de 1º de março de 1994, que ora alteramos.

Esse valor corresponde a uma justa contraprestação pelos serviços altamente especializados dispensados pelos fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais aos seus pacientes. Hoje, esses profissionais atuam em diversas áreas do conhecimento, das típicas até as mais amplas, abarcando ramos de várias especialidades médicas.

Os fisioterapeutas atuam nas áreas de Dermatologia, rendimento esportivo, saúde do trabalho, Geriatria, Gerontologia, Neurologia, Ortopedia, Traumatologia e Reumatologia.

Os terapeutas ocupacionais, por seu turno, desenvolvem atividades relevantes no atendimento às pessoas com sequelas de acidentes vasculares cerebrais ou com deficiência mental, distúrbios de aprendizagem, psicoses ou distúrbios psicóticos, paralisia cerebral, síndromes genéticas, deficiência visual parcial ou total, congênitas ou adquiridas e depressões psiconeuróticas.

Atuam também no tratamento de pacientes com traumatismos de medula vertebral, queimaduras de membros superiores, hanseníase, distúrbios reumáticos de membros superiores. Ou seja, atuam na prevenção de doenças, no desenvolvimento de habilidades e na reabilitação das pessoas com a capacidade física e mental reduzida.

Ante o exposto, pedimos aos Ilustres Pares o apoio para a aprovação do presente projeto de lei que muito contribuirá para a valorização dos profissionais de Fisioterapia e Terapia Ocupacional.

No momento a tramitação está na CSSF - Comissão de Seguridade Social e Família foi desarquivado no dia 16 de fevereiro de 2011.

Se você é fisioterapeuta, tem amigos, familiares ou algum dia precisou deste profissional, colabore, assine o abaixo-assinado pela regulamentação do piso do fisioterapeuta, basta clicar na imagem.
Texto extraído do blog Concurso e Fisioterapia

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Saiba mais sobre a Asma

O que é a Asma?

A asma é uma doença inflamatória crônica das vias aéreas que ataca o sistema respiratório, que resulta na redução ou até mesmo obstrução no fluxo de ar, ou seja, ela reduz o espaço dentro das vias por onde o ar passa, causando assim uma dificuldade na passagem desse ar.
As vias aéreas são os caminhos por onde o ar passa até chegar aos pulmões:
Elas iniciam no nariz, continuam como nasofaringe e laringe (cordas vocais), na altura do pescoço, tornam-se um tubo largo e único chamado traquéia.
Já no tórax, a traquéia divide-se em dois tubos (brônquios), um direito e outro esquerdo, levando o ar para os respectivos pulmões.
Dentro dos pulmões, os brônquios vão se ramificando e tornam-se cada vez menores, espalhando o ar. 

O nome correto é Bronquite asmática, bronquite ou apenas Asma?

Antigamente, a asma era chamada de bronquite, bronquite alérgica ou bronquite asmática. O nome asma estava vinculado aos casos mais graves. O nome correto é simplesmente ASMA.
A bronquite é, na verdade, a inflamação dos brônquios e, diferentemente da asma, pode ter sua causa bem definida, por exemplo, uma infecção por bactérias ou vírus. Também difere da asma por apresentar um tempo de início definido e poder ser totalmente reversível (curada).
 
Como ocorre a Asma?

Quando os indivíduos são expostos a estímulos, como alérgenos, irritantes químicos, fumaça de cigarro, ar frio ou exercícios, as vias aéreas ficam edemaciadas (inchadas), estreitas, cheias de muco e excessivamente sensíveis aos estímulos.
Os mecanismos que causam a asma são complexos e variam entre a população. Nem toda a pessoa com alergia tem asma e nem todos os casos de asma podem ser explicados somente pela resposta alérgica do organismo a determinados estímulos.
A mucosa brônquica, que é o revestimento interno das vias aéreas, está constantemente inflamada por causa da hiper-reatividade brônquica (sensibilidade aumentada dos brônquios).
Nas crises de asma, esta hiper-reatividade brônquica aumenta ainda mais e determina o estreitamento das vias aéreas. Este fenômeno leva aos sinais e sintomas descritos no próximo tópico.

Quais são os Sinais e Sintomas de Asma?

Caracteristicamente os sintomas aparecem de forma cíclica com períodos de piora. Dentre os principais sinais e sintomas estão: a tosse, que pode ou não estar acompanhada de alguma expectoração (catarro), dificuldade respiratória com dor ou ardência no peito, além de um chiado (sibilância). Na maioria das vezes não há expectoração, se caso tiver será semelhante a "clara de ovo".
Os sintomas podem aparecer a qualquer momento do dia, mas tendem a predominar pela manhã ou à noite.
A asma é a principal causa de tosse crônica em crianças e está entre as principais causas de tosse crônica em adultos.
Quando a tosse e a chieira acontecem, ocorre um ataque de asma que pode durar alguns minutos ou dias podendo ser leve, moderado ou grave, havendo a possibilidade de acontecer em qualquer lugar e a qualquer hora. Pode ser fatal, por isso o diagnóstico e o tratamento da asma devem ser precoces, levando assim a uma vida saudável e ativa.

Como se classifica a Asma?
De acordo com os padrões das crises e testes, a asma pode ser classificada em:

Asma Intermitente:

  • sintomas menos de uma vez por semana;
  • crises de curta duração (leves);
  • sintomas noturnos esporádicos (não mais do que duas vezes ao mês);
  • provas de função pulmonar normal no período entre as crises. 

Asma Persistente Leve:

  • presença de sintomas pelo menos uma vez por semana, porém, menos de uma vez ao dia;
  • presença de sintomas noturnos mais de duas vezes ao mês,porém, menos de uma vez por semana;
  • provas de função pulmonar normal no período entre as crises. 

Asma Persistente Moderada:

  • sintomas diários;
  • as crises podem afetar as atividades diárias e o sono;
  • presença de sintomas noturnos pelo menos uma vez por semana;
  • provas de função pulmonar: pico do fluxo expiratório (PFE) ou volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF¹) >60% e < 80% do esperado. 

Asma Persistente Grave:

  • sintomas diários;
  • crises freqüentes;
  • sintomas noturnos freqüentes;
  • provas de função pulmonar: pico do fluxo expiratório (PFE) ou volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF¹) > 60% do esperado. 

Como se dá o diagnóstico?

O diagnóstico é feito baseado nos sinais e sintomas que surgem de maneira repetida e que são referidos pelo paciente.
No exame físico, o médico poderá constatar a sibilância (chiado) nos pulmões, principalmente nas exacerbações da doença. Contudo, nem toda sibilância é devido à asma, podendo também ser causada por outras doenças. Todavia, nos indivíduos que estão fora de crise, o exame físico poderá ser completamente normal.
Existem exames complementares que podem auxiliar o médico, dentre eles estão: a radiografia do tórax, exames de sangue e de pele (para constatar se o paciente é alérgico) e a espirometria que identifica e quantifica a obstrução ao fluxo de ar.

Existe tratamento médico?

Sim, por meio de medicações específicas como os Broncodilatadores e os Antiinflamatórios.
O Broncodilatador é um medicamento que como o próprio nome diz, dilata os brônquios (vias aéreas) quando o asmático está com falta de ar, chiado no peito ou crise de tosse.
Quanto aos Antiinflamatórios, os corticóides inalatórios são, atualmente, a melhor conduta para combater a inflamação, sendo utilizados em quase todos os asmáticos. Só não são usados pelos pacientes com asma leve intermitente (que têm sintomas esporádicos). Tais medicamentos são utilizados com o intuito de prevenir as exacerbações da doença ou, pelo menos, minimizá-las e aumentar o tempo livre da doença entre uma crise e outra. Os antiinflamatórios devem ser utilizados de maneira contínua (todos os dias), já que combatem a inflamação crônica da mucosa brônquica, que é o substrato para os acontecimentos subseqüentes.

Qual o tratamento fisioterapêutico?

Os procedimentos executados contribuem para melhorar a ventilação, auxiliar no relaxamento da musculatura respiratória, higienizar a via aérea hipersecretiva (com catarro), além de prevenir a busca por serviços de emergência e hospitalizações, melhorar a condição física e aprimorar a qualidade de vida dos indivíduos acometidos.
Nas crianças, o tratamento é realizado por meio de exercícios respiratórios reexpansivos passivos, através de manobras de desobstrução brônquica, drenagem postural e inalações com estímulo de tosse se necessário. Crianças com boa capacidade colaborativa e coordenação desenvolvida podem se beneficiar de técnicas de treino de padrão ventilatório.

Em adultos, o tratamento enfatiza os alongamentos globais, exercícios aeróbicos, exercícios respiratórios reexpansivos, acompanhamento da evolução do fluxo respiratório e acompanhamento dos exercícios com uso de oxímetro, se necessário. Em alguns casos é necessário um trabalho de higiene brônquica, associada à aspiração de secreção brônquica (catarro), comum em pacientes infectados. Quando a hiperinsuflação pulmonar está presente (acúmulo de ar nos pulmões), são utilizadas técnicas de desinsuflação pulmonar visando aumentar o volume de ar corrente (ar que sai dos pulmões).
Em estágios mais avançados do tratamento, é necessário o uso de incentivadores respiratórios, respiradores mecânicos não-invasivos, onde o paciente apresenta certa estabilidade do quadro, visando o condicionamento físico aliado à resistência pulmonar, vitais para a diminuição das crises asmáticas. Exercícios posturais para relaxamento, mobilidade, alongamento e fortalecimento também são fundamentais para corrigir deformidades torácicas e posturais, comuns nos casos de doença avançada e com crises freqüentes.

De modo geral, a Fisioterapia tem por objetivo:
  • Propiciar o controle da respiração e preparação do paciente para uma eventual crise.
  • Corrigir as assinergias e defeitos ventilatórios.
  • Drenar as secreções (se necessário)
  • Previnir rigidez e deformações torácicas
  • Ensinar o paciente a inspirar pelo nariz e a respiração diafragmática dirigida para aplicar durante a crise
  • Reeducar o indivíduo para o esforço
  • Orientar ao paciente e aos familiares em caso de crise.
Em conclusão, o que se espera, na realidade, é que a Fisioterapia seja, juntamente com os outros aspectos terapêuticos da asma, um elemento que possa auxiliar o indivíduo asmático e sua família através da redução da freqüência e intensidade das crises, da diminuição da ansiedade e da segurança que um fisioterapeuta possa representar para o paciente e seus familiares.

Temos como nos prevenir novas crises?

Sim, não há como prevenir a existência da doença, mas é possível prevenir o aparecimento da crise. O asmático poderá usar os corticosteróides, os beta2-agonistas de longa duração e os antileucotrienos, além de ter um bom controle ambiental, evitando exposição aos "gatilhos" da crise asmática, ou seja, todos aqueles fatores que podem ressurgir uma nova crise, tais como poeira, fumaça de cigarro etc. 


Por favor, em caso de erro, comunique-nos!
Luan César Simões
142222-F



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João Pessoa, Paraíba, Brazil
Mestre em Fisioterapia pela Universidade Federal de Pernambuco - UFPE; Especialista em Fisioterapia Cardiorespiratoria; Graduado pelo Centro Universitário de João Pessoa - UNIPÊ. Atualmente é professor universitário, foi fisioterapeuta do Centro de Reabilitação da cidade de Araruna - PB e é Delegado do Conselho de Fisioterapia e Terapia Ocupacional - Regional 1 na Paraíba. Trabalhou no Núcleo de Acolhida Especial do estado da Paraíba pela SEDH e foi pesquisador voluntário de grupos de pesquisa e estudos em saúde na Universidade Federal da Paraíba - UFPB.

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